Crie sua conta agora e garanta 15 dias grátis para testar a plataforma.
Como Fazer Assinatura Eletrônica: Passo a Passo

Como Fazer Assinatura Eletrônica: Passo a Passo

Publicado em:
26
/
12
/
2025

A digitalização deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar um requisito de sobrevivência e eficiência no cotidiano das empresas e pessoas físicas no Brasil.

O ato de assinar contratos, autorizar documentos corporativos e formalizar acordos — processos que, até poucos anos atrás, eram sinônimos de pilhas de papel, deslocamentos físicos e filas em cartórios para reconhecimento de firma — sofreu uma revolução silenciosa, mas definitiva. 

Hoje, transações de alta complexidade são resolvidas em minutos, sem que as partes precisem sair de casa ou do escritório.

No entanto, à medida que a tecnologia avança, surgem dúvidas complexas: como funciona a arquitetura por trás de uma assinatura eletrônica? Quais são os pilares que garantem sua validade jurídica inquestionável, segurança de dados e confiabilidade perante tribunais? E, para quem está começando, qual é o roteiro técnico e prático para implementar esse recurso?

Este guia foi desenhado para ser a referência definitiva sobre o tema. 

A seguir, vamos apresentar o universo da assinatura eletrônica, detalhando seu funcionamento técnico, o passo a passo prático para execução, as nuances legais da legislação brasileira e como plataformas especializadas, como a Clicksign, viabilizam não apenas a praticidade, mas a blindagem jurídica e a proteção de dados sensíveis em cada documento digital.

O que é assinatura eletrônica?

Para compreender a assinatura eletrônica em profundidade, é preciso ir além da definição básica. Tecnicamente, a assinatura eletrônica não é apenas um "rabisco" na tela. 

Ela é um método digital sofisticado que utiliza evidências lógicas para reconhecer, de forma segura, a autoria e a integridade de um documento, criando um vínculo inquebrável entre o signatário e o conteúdo assinado.

Em termos jurídicos e práticos, trata-se da confirmação inequívoca, realizada por meios tecnológicos autenticadores, de que uma pessoa ou entidade concorda, aprova ou está ciente do teor de um documento, detendo legitimidade legal para tal ato.

Diferentemente da assinatura manuscrita tradicional, que depende da grafometria (a análise do traço físico no papel) e, frequentemente, da fé pública de um cartório, a assinatura eletrônica opera no campo dos dados. Ela utiliza metadados, criptografia, autenticação de identidade multifatorial e registros de tempo (carimbos do tempo) em tempo real. 

Portanto, é crucial desmistificar o conceito: não se trata necessariamente de desenhar seu nome com o mouse ou dedo em uma tela touch, embora isso possa fazer parte da experiência visual. O que vale é o mecanismo lógico que registra a concordância do signatário com validade jurídica.

A premissa é clara: simplificar processos burocráticos garantindo autenticidade robusta. Juridicamente, é vital entender que "assinatura eletrônica" é o gênero (a categoria maior), dentro do qual existem diversas espécies e níveis de segurança, cada uma adequada a diferentes riscos e finalidades contratuais.

Diferença entre assinatura eletrônica e assinatura digital

A confusão entre os termos é comum, mas a distinção técnica é fundamental para a segurança jurídica de suas operações. 

Embora frequentemente usados como sinônimos no dia a dia, assinatura eletrônica e assinatura digital não são a mesma coisa perante a lei e a tecnologia.

Assinatura Digital (A Espécie) é um subconjunto específico da assinatura eletrônica. Ela depende obrigatoriamente da utilização de um Certificado Digital emitido por uma Autoridade Certificadora credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

  • Como funciona: utiliza criptografia assimétrica (um par de chaves criptográficas: uma pública e uma privada) para garantir o mais alto grau de presunção de veracidade, integridade e não-repúdio.
  • Uso: obrigatória em situações específicas, como notas fiscais eletrônicas, peticionamento judicial e transações com a Receita Federal.

Assinatura Eletrônica (O Gênero) é o conceito amplo que engloba qualquer meio eletrônico de validação de autoria. Ela incorpora métodos modernos e ágeis de autenticação, como códigos via SMS (Token), biometria facial, validação via WhatsApp, login/senha e geolocalização.

  • Segurança: embora tecnicamente distinta da digital (ICP-Brasil), a assinatura eletrônica oferece validade jurídica plena amparada pela MP 2.200-2/2001 e pela Lei 14.063/2020, desde que as partes admitam o meio como válido.

Classificação conforme a Lei 14.063/2020

Para eliminar dúvidas, a legislação brasileira categorizou as assinaturas em três níveis:

  • Assinatura Eletrônica Simples: identifica o signatário através de conferência de dados básicos, sem a necessidade de certificado digital. É ideal para transações de baixo risco, agendamentos e formulários internos.
  • Assinatura Eletrônica Avançada: utiliza mecanismos robustos de identificação que garantem a autoria e a integridade do documento. Exemplos incluem biometria, tokens via SMS e validação via WhatsApp. Esta categoria oferece alta segurança e rastreabilidade, sendo aceita na vasta maioria dos contratos privados e interações com o governo.
  • Assinatura Eletrônica Qualificada (Digital): é aquela que exige, invariavelmente, o uso de um certificado digital ICP-Brasil. Possui presunção legal de veracidade iuris tantum.

Essa diversidade é estratégica: permite que empresas escolham o método mais adequado (custo vs. benefício vs. risco) para cada documento, sem engessar a operação.

Principais métodos de assinatura eletrônica usados no Brasil

O Brasil se consolidou como um dos líderes globais na digitalização de processos burocráticos. A aceitação da assinatura eletrônica no país não apenas cresce, como se torna o padrão de mercado. Dados do governo federal ilustram essa explosão: desde a criação da Assinatura Eletrônica GOV.BR em 2020, mais de 70 milhões de assinaturas foram realizadas até agosto de 2024, um crescimento superior a 100% em relação ao ano anterior.

Esses números refletem a maturidade de múltiplos métodos de autenticação disponíveis hoje:

  1. Certificado Digital ICP-Brasil

Garante autenticidade máxima e presunção legal de veracidade. É mandatório para atos que exigem solenidade absoluta, como certas operações bancárias, transferências de veículos (em alguns estados) e obrigações fiscais. A desvantagem é a barreira de entrada: requer a aquisição de um certificado (token físico ou arquivo em nuvem) e renovação periódica.

  1. Token via SMS (Short Message Service)

Um dos métodos mais populares devido à sua acessibilidade. O signatário recebe um código alfanumérico exclusivo e temporário (OTP - One Time Password) no celular cadastrado e deve inseri-lo na plataforma para validar o ato. É ágil, não exige instalação de apps e funciona em qualquer aparelho celular.

  1. Autenticação via WhatsApp

Dada a onipresença do WhatsApp no Brasil, este método garante alta taxa de conversão. A autenticação ocorre através de uma interação verificada no aplicativo, criando um registro técnico que vincula o número de telefone (e consequentemente o CPF do titular da linha) ao usuário assinante. Plataformas inovadoras como a Clicksign utilizam essa tecnologia para reduzir o atrito na hora da assinatura.

  1. Biometria Facial ou Digital (Liveness Detection)

Utiliza algoritmos de inteligência artificial para realizar reconhecimento facial (com prova de vida) ou leitura de impressões digitais. É um método de altíssima segurança, pois valida características biológicas exclusivas e intransferíveis do indivíduo.

  1. E-mail com Rastreamento de IP (Log)

O link seguro é enviado ao e-mail do signatário. O sistema registra não apenas o clique, mas o endereço IP da conexão, a data e o horário exato (Carimbo do Tempo) do acesso e do aceite.

Cada método atende a perfis distintos de risco e formalidade. A grande vantagem de usar plataformas como a Clicksign é a capacidade de orquestrar essas opções, adaptando a experiência de assinatura à realidade de cada cliente ou contrato.

Por que a assinatura eletrônica cresce tanto no Brasil?

O crescimento exponencial da assinatura eletrônica no Brasil é impulsionado por uma tempestade perfeita: avanços tecnológicos, necessidade de trabalho remoto e um arcabouço legal que se fortaleceu para dar segurança jurídica à transformação digital.

Dados recentes apontam um crescimento de 203% no uso da assinatura eletrônica GOV.BR apenas em 2023. Os motivadores para essa adesão massiva são claros e quantificáveis:

  • Agilidade Operacional (Time-to-Revenue): o ciclo de vida de um contrato (CLM) é drasticamente reduzido. O que levava dias em trânsito de motoboys e cartórios agora é resolvido em minutos, acelerando o fechamento de negócios e o faturamento.
  • Redução Drástica de Custos (OPEX): elimina-se o custo direto com papel, impressão, toners, manuseio, envio físico (Correios/Logística) e taxas de reconhecimento de firma, que encarecem a operação na ponta do lápis.
  • Segurança e Rastreabilidade (Audit Trail): diferente do papel, que pode ser facilmente adulterado ou extraviado, o meio digital permite que toda etapa seja verificada. Cria-se uma "trilha de auditoria" completa , dificultando fraudes e garantindo a integridade do documento.
  • Validade Jurídica Sólida: desde 2001, com a MP 2.200-2, o Brasil possui legislação que reconhece o valor jurídico de assinaturas digitais, proporcionando conforto para departamentos jurídicos e compliance.
  • Conveniência e Mobilidade: a assinatura pode ser realizada de qualquer lugar do mundo, 24 horas por dia, através de computador, tablet ou smartphone.
  • Sustentabilidade (ESG): a redução do uso de papel e da pegada de carbono (menos transporte físico) alinha as empresas às melhores práticas ambientais.

O uso massivo no setor público e privado reforça a confiança na ferramenta. O exemplo do GOV.BR, onde a assinatura eletrônica cresceu 194% em 2023 e se tornou a funcionalidade mais utilizada, prova que a digitalização está consolidada na cultura brasileira

Como fazer uma assinatura eletrônica: o passo a passo prático

Implementar essa tecnologia pode parecer complexo, mas as soluções atuais "SaaS" (Software as a Service) tornaram o processo intuitivo. Na prática, qualquer pessoa com acesso à internet pode gerar um documento com validade jurídica em minutos.

Abaixo, detalhamos o fluxo operacional padrão em plataformas de excelência como a Clicksign:

Escolha a plataforma especializada e segura

Não improvise. Opte por plataformas reconhecidas que possuam ISO 27001 (segurança da informação), estejam em conformidade com a LGPD e respeitem a legislação brasileira. Avalie o histórico, a disponibilidade de API para integrações e a reputação. 

A Clicksign, por exemplo, processa mais de dois milhões de contratos mensais, um indicador sólido de robustez e confiança.

Realize o cadastro e configuração da conta

O onboarding é simples, mas requer atenção à segurança:

  • Informe dados reais (nome completo, e-mail corporativo, celular);
  • Ative imediatamente a autenticação em dois fatores (2FA) para proteger sua conta contra acessos indevidos;
  • Aceite os termos de uso e políticas de privacidade, essenciais para o compliance.

Em alguns casos, será necessário validar sua própria identidade via SMS ou token inicial.

Upload e preparação do documento (Envelope)

Esta é a etapa de gestão do contrato. Faça o upload do seu contrato (geralmente em PDF ou DOCX) ou utilize modelos pré-configurados na plataforma.

  • Indicação dos Participantes: insira os e-mails e/ou telefones dos signatários (quem assina), testemunhas e observadores (quem apenas acompanha).
  • Workflow: defina a ordem das assinaturas (ex: o Diretor só assina depois do Gerente) e o método de autenticação específico para cada pessoa (ex: Cliente assina com SMS, Diretor com Certificado Digital).

Coleta de assinaturas e autenticação

A plataforma assume o controle do fluxo:

  1. O signatário recebe um link seguro e exclusivo via e-mail, WhatsApp ou SMS;
  2. Ao clicar, ele visualiza o documento na íntegra;
  3. Para assinar, ele deve superar a etapa de autenticação escolhida (digitar o código SMS, fazer a biometria facial, logar no Gov.br, etc.);
  4. A "assinatura" é consolidada.

 Lembre-se: em plataformas como a Clicksign, a validade não advém do desenho na tela, mas do Log de Autenticação (o conjunto de evidências digitais capturadas).

Metadados como IP, geolocalização aproximada, data/hora (UTC) e até uma "selfie" de comprovação são anexados ao processo.

Finalização, Armazenamento e Guarda

Uma vez que todos assinam, o documento é "fechado" digitalmente (hash) para garantir que não sofra alterações posteriores.

Todos recebem uma cópia final com o Log de Auditoria anexo. 

O arquivo fica armazenado em nuvem segura, acessível para download ou auditoria a qualquer momento. O Log serve como prova cabal em eventuais questionamentos jurídicos.

Esse ciclo é escalável e pode ser repetido milhares de vezes com total segurança

Formas de autenticação detalhadas

Cada método de autenticação traz especificidades relevantes:

Autenticação de assinatura via Biometria facial ou digital

Confere segurança elevada, pois é extremamente difícil de fraudar. Plataformas confiáveis verificam se o dado biométrico bate com as informações pré-cadastradas, impedindo que terceiros consigam simular uma assinatura.

Aplicações desse tipo costumam ser usadas em contratos de grande valor, RH, saúde e setores regulados.

Autenticação de assinatura via WhatsApp

Funciona por meio do envio de mensagem ao número do assinante. Ao clicar ou responder a mensagem, fica registrado o vínculo entre o signatário e aquele número, eliminando dúvidas sobre identidade.

Para quem já utiliza o WhatsApp como canal principal de comunicação, esta opção costuma ser bem recebida e prática.

Autenticação de assinatura via SMS

O código SMS é uma opção rápida e acessível para a maioria dos usuários, visto a altíssima penetração dos celulares. Ao receber um código temporário, a pessoa o insere na plataforma, comprovando que detém o número informado.

Autenticação de assinatura via Certificado digital ICP-Brasil

O método mais robusto dentro das assinaturas eletrônicas. Utilizado para documentos que requerem formalidade máxima, como contratos com órgãos públicos, setor bancário ou grandes operações empresariais.

Com certificado digital, a identificação é exclusiva e criptografada. A escolha entre os métodos depende do grau de risco, valor do contrato e exigências legais.

Validade jurídica e regulações brasileiras

O Brasil possui um dos ecossistemas jurídicos mais avançados do mundo para transações digitais. A validade não é uma "zona cinzenta", mas sim garantida por leis federais específicas:

  • Medida Provisória 2.200-2/2001: é a pedra fundamental. Ela instituiu a ICP-Brasil e, crucialmente, em seu Artigo 10, §2º, validou qualquer outro meio de assinatura eletrônica (não-ICP) desde que admitido pelas partes como válido ou aceito.
  • Lei 14.063/2020: modernizou o setor público e classificou as assinaturas (Simples, Avançada, Qualificada), expandindo o uso para interações com entes públicos e simplificando a vida do cidadão.
  • Decreto nº 10.543/2020: estabeleceu os critérios técnicos para o uso dessas assinaturas na administração pública federal.
  • Lei 14.620/2023: um marco recente que alterou o Código de Processo Civil e a Lei de Registros Públicos, permitindo explicitamente o uso de Assinatura Eletrônica Avançada (sem certificado digital) para títulos executivos e até registros de imóveis em muitos casos, dispensando testemunhas em certas condições.

Para as modalidades contratuais privadas (locação, serviços, compra e venda, RH, B2B), a assinatura eletrônica (Simples ou Avançada) fornecida por plataformas como a Clicksign é perfeitamente legal e válida. O certificado ICP-Brasil fica reservado para nichos específicos de altíssima formalidade

Segurança na assinatura eletrônica

A digitalização traz facilidades, mas exige vigilância cibernética. A segurança na assinatura eletrônica não é apenas tecnológica, é procedimental. Plataformas de ponta mitigam ataques através de criptografia de ponta a ponta (SHA-256), redundância de dados e logs imutáveis.

Para elevar o nível de proteção, adote as seguintes práticas:

  • Compliance LGPD: escolha plataformas que demonstrem conformidade estrita com a Lei Geral de Proteção de Dados, garantindo que os dados dos seus clientes não sejam comercializados.
  • Autenticação Multifatorial (MFA): sempre que o contrato for sensível, combine métodos. Exemplo: Envie o link por E-mail, mas exija um Token SMS para assinar (E-mail + SMS). Isso cria barreiras duplas para fraudadores.
  • Higiene Digital: mantenha dispositivos protegidos com senhas fortes e biometria. Evite realizar assinaturas críticas conectado a redes Wi-Fi públicas ou abertas.
  • Auditoria de Conteúdo: o meio digital facilita a leitura, mas não a dispensa. Leia as cláusulas antes de aplicar sua assinatura eletrônica.

Aprofundar-se em segurança digital é vital para blindar sua operação.

Benefícios para empresas e pessoas físicas

A adoção da assinatura eletrônica gera valor imediato e tangível. Não é apenas sobre "modernidade", é sobre eficiência econômica. Usuários da Clicksign e sistemas similares relatam:

  • Velocidade Recorde: negociações que travavam na etapa de "colher assinaturas" agora fluem. Contratos são assinados em minutos, mesmo com partes em continentes diferentes.
  • Fim da Burocracia Física: a eliminação das idas a cartórios e correios libera horas produtivas da equipe administrativa. Acaba-se o problema de "extravio de documento pelo motoboy".
  • Personalização de Fluxos: empresas desenham a jornada de assinatura conforme suas regras de compliance (quem assina primeiro, quem aprova, qual método usar).
  • Auditoria e Compliance: a rastreabilidade total, com logs de IP e hora, oferece uma segurança jurídica superior à do papel, que pode ser assinado com data retroativa (fraude comum).
  • Impacto Ambiental: menos árvores cortadas, menos água gasta na produção de papel, menos CO2 emitido no transporte. É sustentabilidade na prática.

Esses benefícios explicam por que a transformação digital é um caminho sem volta para organizações eficientes.

Dicas para escolher uma plataforma de assinatura eletrônica segura

Escolher a ferramenta que vai gerir a validade legal dos seus contratos não é uma decisão de design ou preço, é uma decisão de Compliance e Arquitetura de TI. O mercado está inundado de soluções superficiais que geram apenas uma imagem do seu nome em um PDF, sem qualquer lastro probatório robusto.

Para blindar sua operação jurídica e garantir que seus documentos não sejam anulados em tribunal, sua escolha deve passar por um crivo técnico rigoroso. Utilize os critérios abaixo como seu checklist de homologação:

  1. Auditoria e Certificações Internacionais (ISO 27001)

Não confie apenas na palavra do fornecedor. Exija evidências de auditoria externa. O padrão-ouro do mercado é a Certificação ISO 27001.

Por que importa: Ela atesta que a empresa implementou um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI) validado internacionalmente. Isso significa que existem processos rígidos de controle de acesso, criptografia e gestão de incidentes.

Aprofundamento: Verifique também se a plataforma realiza "PenTests" (testes de intrusão) recorrentes e se possui relatórios SOC 2 (Service Organization Control), que garantem que os controles de segurança são auditados independentemente.

  1. Soberania de Dados e Conformidade com a LGPD

Muitas ferramentas estrangeiras armazenam dados em servidores fora do país sem respeitar as diretrizes de transferência internacional de dados.

A plataforma deve ser nativamente aderente à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Verifique se eles possuem um DPO (Data Protection Officer) nomeado e políticas claras de retenção e exclusão de dados (direito ao esquecimento).

Dica: pergunte onde estão os servidores (Data Centers). Para empresas brasileiras, o ideal é que haja redundância local ou garantias contratuais de conformidade com a legislação brasileira de dados sensíveis.

  1. Robustez da Trilha de Auditoria (Log Probatório)

O PDF final visual é o menos importante. A validade jurídica reside no "Log de Auditoria" (ou Manifesto de Assinatura). Uma plataforma segura deve gerar um dossiê forense completo.

O que exigir no Log:

  • Hash SHA-256: uma impressão digital criptográfica única do documento original e do final, provando matematicamente que nem uma vírgula foi alterada após a assinatura (Integridade).
  • Carimbo do Tempo (Timestamp): não basta o horário do servidor. O ideal é que a plataforma utilize sincronização com fontes oficiais (como o Observatório Nacional ou Autoridades de Carimbo do Tempo - ACT) para garantir a tempestividade irrefutável (Não-repúdio).
  • Metadados Estendidos: IP da conexão, Geolocalização (Latitude/Longitude), User Agent (navegador/dispositivo) e, se possível, verificação de e-mail com handshake técnico (DKIM/SPF).
  1. Ecossistema Híbrido: Suporte a ICP-Brasil e Assinatura Simples

Fuja de plataformas que te prendem a um único método. A realidade corporativa é híbrida.

O Cenário: Você usará a Assinatura Eletrônica Avançada (Token/Biometria) para 90% dos contratos ágeis, mas precisará da Assinatura Digital (Certificado ICP-Brasil) para aquele 10% de atos solenes ou transações com órgãos públicos.

Solução: A plataforma escolhida deve ser um "Hub de Autenticação", permitindo misturar no mesmo documento um signatário assinando via WhatsApp e outro via Certificado A1/A3. Isso centraliza a gestão e evita contratar dois softwares diferentes.

  1. Integração (API) e Automação "Headless"

Para empresas que buscam escala, a plataforma de assinatura não deve ser um "site" que você acessa, mas sim uma funcionalidade invisível dentro do seu ERP ou CRM.

Dica para Devs e CTOs: Analise a documentação da API (Application Programming Interface). Ela é RESTful? Possui Webhooks para notificar seu sistema em tempo real quando um cliente assina?

Ganho: Ferramentas robustas permitem que o contrato seja gerado, enviado e salvo de volta no seu sistema (Salesforce, SAP, Totvs) automaticamente, sem intervenção humana. Isso reduz o erro operacional a zero.

  1. SLAs de Disponibilidade e Suporte Local

Em fechamentos de mês ou rodadas de investimento, você não pode depender de um suporte via chatbot traduzido automaticamente.

Critério: Avalie o SLA (Service Level Agreement) de disponibilidade. O padrão de mercado para ferramentas críticas é 99.5% ou superior.

Fator Humano: Teste o suporte antes de comprar. Ter acesso a engenheiros ou especialistas jurídicos que falam português e entendem a legislação local (como a MP 2.200-2) é um diferencial que salva negócios em momentos de crise.

Conclusão: caminho aberto para o futuro digital

A assinatura eletrônica superou o status de "tendência" para se firmar como a infraestrutura básica das relações modernas entre pessoas, empresas e governo. Sustentada por legislação federal robusta (MP 2.200-2 e Lei 14.063), blindada por tecnologias de criptografia avançada e validada pelo uso massivo em milhões de contratos, ela é hoje mais segura e eficiente que a caneta tinteiro.

Adotar essa tecnologia é uma decisão estratégica que resulta em ganho de tempo, redução de custos operacionais (OPEX) e avanço na pauta de sustentabilidade. Seja para uma pequena empresa fechar vendas mais rápido, ou para uma grande corporação gerir milhares de contratos de RH, a experiência digital é superior.

Para quem busca ingressar nessa nova era com o pé direito, soluções flexíveis como a Clicksign oferecem a ponte ideal: do teste gratuito e intuitivo à operação complexa e integrada. O convite é claro: transforme a gestão de documentos da sua realidade hoje.

Perguntas frequentes sobre assinatura eletrônica

1. O que é assinatura eletrônica? 

É um gênero de métodos digitais (lógicos e criptográficos) usados para comprovar a autoria e integridade de um documento eletrônico. Ela substitui o papel, garantindo validade jurídica através de evidências como IP, biometria, senhas ou tokens, permitindo acordos seguros pela internet.

2. Como fazer uma assinatura eletrônica? 

O processo é simples: 1) Escolha uma plataforma (ex: Clicksign); 2) Cadastre-se e faça upload do documento (PDF); 3) Indique os assinantes (e-mail/telefone); 4) Escolha o método de autenticação (WhatsApp, SMS, etc.); 5) Envie. O signatário recebe um link, autentica-se e o sistema registra a assinatura.

3. Assinatura eletrônica é segura? 

Sim, muitas vezes mais segura que a física. Plataformas sérias utilizam criptografia de nível bancário, autenticação de múltiplos fatores (MFA), hash de integridade e registram logs detalhados (trilha de auditoria) que dificultam fraudes e servem como prova judicial.

4. Quais documentos aceitam assinatura eletrônica? 

Virtualmente todos os documentos privados: contratos de serviços, aluguel, compra e venda, propostas comerciais, termos de RH, laudos médicos e autorizações. Exceções são raras e envolvem atos de extrema solenidade (como alguns testamentos ou transações de imóveis específicos que ainda exigem escritura pública presencial, embora a Lei 14.620 já tenha flexibilizado isso).

5. Quanto custa usar assinatura eletrônica? 

O modelo varia. Existem planos gratuitos para testes ou baixo volume, e planos corporativos baseados em funcionalidades e quantidade de documentos. A relação custo-benefício é positiva, pois o valor da plataforma é geralmente inferior aos custos eliminados de impressão, cartório e logística.