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Healthtech: o que é, para que serve e exemplos

Healthtech: o que é, para que serve e exemplos

Publicado em:
12
/
09
/
2023

Nos últimos anos, a revolução digital tem moldado o panorama da saúde em todo o mundo. O avanço tecnológico vem desempenhando um papel fundamental na transformação da forma como cuidamos da nossa saúde, graças à crescente presença de empresas healthtech

Essas empresas estão na vanguarda da inovação, usando a tecnologia para melhorar o acesso, a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde. 

Neste artigo, exploraremos o que exatamente é uma healthtech e como ela está mudando a forma como cuidamos de nossa saúde e bem-estar.

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O que é uma healthtech?

Healthtech, também conhecida como health technology startups, é como chamamos empresas que aplicam a tecnologia para resolver desafios no setor de saúde. Elas abrangem uma ampla gama de soluções, desde aplicativos móveis de monitoramento de saúde até dispositivos médicos avançados e plataformas de telemedicina. 

O que significa healthtech?

Conseguimos resumir o significado de healthtech se separarmos a nomenclatura em health (saúde) e tech (tecnologia). Podemos relacionar esse conceito com a definição de startup, já que ambos tratam de inovação. Ou seja: um empreendimento cujo grupo de pessoas trabalham de forma escalável, repetível, em situação ímpar e com ideias que fogem do padrão.

Nessa medida, o healthtech veio para otimizar os processos exercidos dentro do setor de saúde, em todas as etapas possíveis, aproveitando o desenvolvimento social e tecnológico.

Com esse breve conceito, conseguimos ter um panorama sobre a importância das healthtechs para a saúde, modernizando as atividades de forma a usufruir dos avanços tecnológicos desenvolvidos de alguns anos pra cá. Quando falamos de empresas modernas, falamos sobretudo de negócios com grande potencial de crescimento.

Para que serve uma healthtech?

O objetivo principal de uma healthtech é melhorar a eficácia dos sistemas de saúde, tornando-os mais acessíveis, eficientes e personalizados.

As healthtechs operam em diversas áreas, incluindo diagnóstico médico, tratamento, prevenção de doenças, gerenciamento de saúde e muito mais. Elas utilizam tecnologias como inteligência artificial, big data, sensores wearable, análise de dados de saúde e telemedicina para criar soluções inovadoras que capacitam tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes a tomar decisões mais informadas e a receber cuidados de saúde de alta qualidade.

Por que as healthtechs são importantes para a área da saúde?

As healthtechs têm um impacto significativo em todas as áreas da saúde e do bem-estar. Suas contribuições são multifacetadas e influenciam positivamente vários aspectos:

Acesso à saúde 

Muitas pessoas em todo o mundo enfrentam barreiras geográficas ou econômicas para receber cuidados médicos de qualidade. As healthtechs, por meio de serviços de telemedicina e aplicativos de saúde, estão quebrando essas barreiras, permitindo que as pessoas consultem médicos e profissionais de saúde remotamente.

Diagnóstico e monitoramento

Com avanços em dispositivos médicos portáteis e aplicativos de monitoramento de saúde, as healthtechs estão capacitando os indivíduos a acompanhar sua própria saúde de perto. Isso permite a detecção precoce de doenças, melhorando as taxas de sucesso no tratamento.

Personalização do tratamento

As healthtechs estão usando análise de dados e IA para personalizar os planos de tratamento, levando em consideração a genética, histórico médico e estilo de vida de cada paciente. Isso leva a tratamentos mais eficazes e menos efeitos colaterais.

Eficiência e redução de custos

A implementação de tecnologia ajuda a melhorar a eficiência dos sistemas de saúde, reduzindo custos operacionais e a carga de trabalho administrativa. Dessa forma, pode-se automatizar tarefas administrativas e simplificar processos nos sistemas de saúde, permitindo que os profissionais se concentrem mais no atendimento ao paciente.

Diagnóstico e tratamento avançados

Uma healthtech desenvolve ferramentas de diagnóstico mais precisas e tratamentos personalizados, baseados em análise de dados e inteligência artificial. Isso leva a melhores resultados para os pacientes.

Quais são as principais categorias de healthtech?

Existem diversas categorias de healtech, cada uma com seu foco e objetivos específicos. Algumas das principais categorias incluem:

Telemedicina

Plataformas e aplicativos que permitem consultas médicas remotas, monitoramento de pacientes à distância e a entrega de cuidados de saúde por meio de comunicação digital.

Dispositivos médicos

Incluem dispositivos wearable, como relógios inteligentes e sensores de saúde, bem como equipamentos médicos avançados, como máquinas de ressonância magnética e tomógrafos computadorizados.

Apps de saúde

Aplicativos móveis que auxiliam os usuários no monitoramento de sua saúde, rastreamento de atividades físicas, gerenciamento de medicamentos, registro de informações médicas e muito mais.

Inteligência artificial e análise de dados

Empresas que utilizam IA e análise de big data para melhorar o diagnóstico médico, a pesquisa clínica, a previsão de doenças e o desenvolvimento de tratamentos personalizados.

Gestão de Saúde e EHR (Electronic Health Record)

Sistemas de gerenciamento eletrônico de registros médicos que permitem o armazenamento seguro e o compartilhamento de informações de saúde entre profissionais de saúde e pacientes.

Biotechs

Empresas que se concentram no desenvolvimento de terapias genéticas, medicamentos inovadores e biotecnologia para tratar doenças.

Saúde mental e bem-estar

Plataformas e aplicativos que oferecem suporte para saúde mental, terapia online, meditação guiada e gerenciamento de estresse.

O mercado de healthtech no Brasil

O mercado nacional da saúde tem sido impactado por uma série de desafios, não apenas no âmbito público, mas também no setor privado de prestação de serviços de saúde. O aumento das dificuldades enfrentadas pelos atores privados no setor de saúde tem motivado a busca por soluções inovadoras.

No Brasil, o mercado de saúde destaca-se como o setor com o maior volume de transações nos últimos anos, englobando as maiores operações de aquisição de empresas na economia brasileira. Nesse contexto, as healthtechs já ocupam o 2º lugar em volume de startups entre os demais segmentos, atrás apenas de edtechs, de acordo com estudos realizados pela Associação Brasileira de Startups

Apesar do grande volume, a distribuição das healthtechs pelo território nacional acaba não sendo uniforme. Segundo o mesmo estudo, 5 em cada 10 healthtechs brasileiras estão no estado de São Paulo:

Mapa mostra estados com maior número de healthtechs no Brasil.
São Paulo possui 34,04% das healthtechs do país, seguido por Minas Gerais com 9,79%.

Entre as questões abordadas pelas startups desse mercado, destacam-se a otimização dos processos hospitalares e a melhoria do acompanhamento ao longo da jornada do paciente. Essas inovações têm como objetivo principal aprimorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos no setor privado.

Diante desse cenário desafiador, há uma crescente demanda por modelos alternativos de financiamento e acesso a serviços de saúde. As healthtechs têm desempenhado um papel fundamental ao oferecer soluções inovadoras que buscam enfrentar esses desafios, tornando os serviços de saúde mais acessíveis, eficientes e personalizados. 

De forma geral, no mercado de healthtechs brasileiras:

57% das healtechs mapeadas já receberam investimentos50% atuam no mercado B2B2C, ou seja, tem como foco comercial outras empresas para atender o consumidor final;45% foram fundadas entre os anos de 2019 e 2021;57% expandiram o time de colaboradores no ano de 2020;46% estão entre a fase de tração e escala;28% são soluções relacionadas à Gestão.
Dados da Associação Brasileira de Startups

Essas empresas estão trabalhando para revolucionar a forma como os brasileiros acessam e recebem cuidados de saúde, criando um ambiente mais favorável à inovação e à melhoria do sistema de saúde como um todo.

Vamos conhecer algumas delas.

Exemplos de empresas healthtech no mercado nacional

Entre os exemplos de healthtechs brasileiras se destaca a Sami, empresa criada em 2018 e a pioneira do Brasil em interoperabilidade entre sistemas de operadora e hospitais estabelecida sob padrões internacionais. A Sami é uma operadora de planos de saúde com foco em pequenas e médias empresas (PMEs) e em profissionais liberais. 

Empenhada em levar inovação digital para todas as etapas da sua atuação, a Sami também utiliza a assinatura eletrônica da Clicksign para assinar documentos e facilitar os processos documentais da empresa.

"A Sami trabalha para trazer sempre soluções tecnológicas inovadoras e eficazes que preencham lacunas do setor de saúde, que são muitas. Conta com aplicativo no qual o membro conversa com seu time de saúde sempre que precisar, e não possui data center, está 100% na nuvem." — Guilherme Berardo, CEO e cofundador da Sami, em entrevista à Associação Brasileira de Startups.

Outro exemplo atuante no mercado brasileiro é a Carefy, healthtech voltada para gestão e monitoramento de internações, um dos maiores custos para hospitais e operadoras de saúde. A solução oferecida pela Carefy busca proporcionar uma maior assertividade para os players de saúde e ajudar a equipe da internação no formato de evolução, na sinalização de indicadores de não conformidade e mais. 

Também temos a Lincon, healthtech que capta dados de saúde em tempo real do paciente e aplica inteligência artificial para predição de riscos. Hoje, a Lincon foca em pacientes crônicos e pré-crônicos de diabetes, hipertensão e obesidade através de terapia digital personalizada, oferecendo um conjunto de protocolos médicos.

Principais tendências das healthtechs 

O campo das healthtechs está em constante evolução, impulsionado pela rápida adoção da tecnologia e pelas necessidades crescentes na área da saúde. Algumas das principais tendências atuais e emergentes incluem:

Telemedicina em expansão

Embora a telemedicina já estivesse consolidada em outras partes do mundo, sua adoção no Brasil foi inicialmente lenta. Esse tipo de atendimento só foi experimentar um notável crescimento durante a pandemia, impulsionado pela sobrecarga dos sistemas de saúde e pela preocupação com a contaminação. 

De acordo com dados da Saúde Digital Brasil, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos médicos foram realizados por meio da telemedicina no Brasil, envolvendo mais de 52,2 mil médicos.

Assim, a telemedicina continua a crescer, com consultas médicas online e monitoramento remoto de pacientes se tornando cada vez mais comuns. 

Inteligência Artificial (IA) e análise de dados 

Algoritmos de IA estão sendo treinados para interpretar imagens médicas, como radiografias e exames de imagem, a fim de detectar doenças com maior precisão e rapidez do que os métodos tradicionais, possibilitando a previsão de doenças, personalização de tratamentos e análise de grandes conjuntos de dados de saúde

Assim, a IA ajuda a criar planos de tratamento personalizados com base nas características individuais dos pacientes, levando em consideração fatores genéticos, históricos médicos e estilo de vida.

Além disso, a análise de big data na área da saúde permite identificar padrões e tendências em grandes volumes de informações, contribuindo para a pesquisa clínica e o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

Saúde mental e bem-estar

O foco crescente na saúde mental e bem-estar é uma resposta às crescentes preocupações com problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade, depressão e distúrbios do sono. Assim, a saúde mental está sendo integrada ao cuidado holístico e as healthtechs estão desenvolvendo soluções inovadoras, incluindo plataformas de acompanhamento de bem-estar, aplicativos que oferecem exercícios de meditação e técnicas de respiração, terapia online, entre outros.

Wearables e dispositivos de monitoramento

Dispositivos como smartwatches e pulseiras de fitness estão evoluindo para incluir recursos de monitoramento de saúde, como ECG, detecção de quedas e medição de níveis de oxigênio no sangue.

Diagnóstico e testes remotos 

O envelhecimento da população impulsiona a demanda por tecnologias que auxiliem idosos na gestão de sua saúde, oferecendo assistência virtual, monitoramento e comunicação com cuidadores. 

Isso também tem expandido o desenvolvimento de kits de diagnóstico em casa e dispositivos portáteis que permitem aos pacientes realizar testes e monitorar condições crônicas sem sair de casa.

Medicina regenerativa e terapia gênica

Avanços em biotecnologia e medicina regenerativa estão permitindo tratamentos mais avançados e personalizados para condições médicas, incluindo terapia gênica, que envolve a introdução de genes saudáveis em células doentes para corrigir disfunções genéticas. Isso tem o potencial de tratar doenças genéticas raras e outras condições médicas.

Já a medicina regenerativa utiliza células-tronco e tecidos para reparar órgãos e tecidos danificados, oferecendo soluções para lesões graves e doenças crônicas.

Inovação tecnológica na melhoria de qualidade de vida e serviços

Como vimos, as healthtechs estão desempenhando um papel fundamental na transformação da indústria da saúde, impulsionando a inovação em diversos aspectos, desde diagnósticos médicos mais precisos até o gerenciamento eficiente da saúde mental e o desenvolvimento de tratamentos personalizados. 

Isso tudo faz parte da crescente modernização de processos e negócios, graças à revolução digital que perpassa diversos setores. O fato é que a integração de tecnologias vem melhorando não só processos empresariais, mas também expandindo o olhar sobre questões de qualidade de vida, saúde e um mundo com muito menos burocracia.

Aliada às healthtechs, por exemplo, a assinatura eletrônica vem desempenhando um papel crucial na modernização dos processos de cuidados de saúde, agilizando a coleta de informações, simplificando o compartilhamento de registros médicos e melhorando a eficiência administrativa, tudo isso enquanto mantém os mais altos padrões de segurança e privacidade de dados. 

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